sábado, 26 de fevereiro de 2011

ORAR E VIGIAR

Temos caminhados em dias difíceis. São dias de solidão, momentos de desamparo, nunca em nenhum momento da história vimos tantas pessoas morando nas ruas, filhos deixando os lares, drogadição e o aumento da violência. A angústia é grande. Em Mt. 26:36-38. Jesus se retira em estado de dor e angústia para orar. Levou seus discípulos, os despediu, andou mais um pouco com três, os deixou e mais adiante foi orar só, voltando, eles não estavam em oração e Jesus lhes adverte. Fico pensando, o que habitava o coração de Jesus naquele exato momento! Angústia de passar pelo o que lhe esperava e olhando ao redor, percebeu que estava só. Muitos de nós temos andado com nossas vidas solitárias, mesmo tendo multidão a nos rodear. Essas pessoas que moram nas ruas já tiveram uma casa, com certeza não um lar, mas estavam juntos e agora estão sós. Muitas são as pessoas que nos acompanham pelo que fazemos ou pelo que somos, mas poucas são aquelas que estão ao nosso lado, tão somente pelo prazer de estar. Caminhar junto carece de abnegação, entrega, ausência de cobranças, tão somente a vontade de compartilhar é que vale. Precisamos de pessoas ao nosso lado que compreendam quem somos e que estejam conosco em qualquer situação. Não é a toa que os celebrantes em casamentos dizem: “na saúde e na doença”. Jesus queria apenas amigos de confiança ao seu lado. Uns ficaram para trás, por opção de Cristo e outros com a incumbência de orarem, mas estes não puderam estar com ele, mesmo não o vendo. Precisamos confessar os nossos pecados diante de Deus e dizer aos nossos que estaremos com eles em todo e em qualquer momento. Em nossas casas, na Igreja e no trabalho, precisamos, antes de mais nada, de amigos, pessoas que se importem e queiram estar ao seu lado tão somente pelo prazer de estar e pelo que pode lhes ser proporcionado.
Rev. Jooziel

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Perdão....

Alguns dizem. . . «Não diz nosso Senhor: Se, porém, não perdoardes aos homens, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas? E isso não é lei? Onde está a graça aí? Dizer-nos que se nós não perdoarmos não seremos perdoados, não é graça». Assim, parecem capazes de provar que o Sermão da Montanha não se aplica a nós. Mas se você disser isso, terá que tirar dos evangelhos quase todo o cristianismo. Lembre-se também que o Senhor ensinou exatamente a mesma coisa na parábola do credor incompassivo que ofendera a seu amo, parábola registrada na parte final do capítulo 18 do Evangelho segundo Mateus.

Esse homem procurou o seu amo e lhe rogou que o perdoasse; e este o perdoou. Mas o perdoado negou-se a perdoar um subalterno que lhe era devedor, resul¬tando disso que o seu senhor retirou-lhe o perdão e o puniu. Nosso Senhor comenta o caso: «Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão». O ensino é idêntico em ambos os casos. Mas esse ensino significa que eu sou perdoado somente porque perdoei? Não.

O ensino é — e devemos levá-lo a sério — que se eu não perdoar, não sou alguém que foi perdoado. . . o homem que se reconhece culpado, vil pecador perante Deus, sabe que sua única esperança do Céu reside no fato em que Deus o perdoou livremente. O homem que de fato vê, sabe e crê isto não é capaz de recusar perdão a outrem. Deste modo, aquele que não perdoa ao próximo não conhece o perdão como sua experiência pessoal. Se meu coração já foi quebrantado na presença de Deus, não posso negar-me a perdoar; e, portanto, digo a qualquer pessoa que credulamente imagina que seus pecados devem ser perdoados por Cristo, apesar de não ter perdoado a ninguém: «Cautela, amigo, para evitar que você acorde na eternidade e ouça dizer-lhe o Senhor: Aparta-te de mim; nunca te conheci» . . . Aquele que foi perdoado de verdade, e sabe disso, é alguém que perdoa. Esse é o significado do Sermão da Montanha sobre este particular.

Studies in the Sermon on the Mount, i, p. 17.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Bodas de Rubi

Quarenta anos se passaram, foram muitos quilos de sal compartilhados. Muitas alegrias, tristezas, momentos vividos a dois. Comemorar 40 anos de casados em dias que casar já não anda tão na moda é realmente uma vitória em Cristo. Sinto-me orgulhosa em ser fruto desta história. Deus os uniu e os sustentou até aqui. Por meio de vocês muitos casais se reconciliaram, muitas pessoas conheceram a Cristo, e nós, eu, Everton, Diogo e Kelly fomos criados num lar onde a base, sempre foi a Palavra de Deus. Muito há para agradecermos. Podemos olhar para esses 40 anos e perceber a bondade de Deus em sustentá-los até aqui.

Talvez tenham atribuído o termo bodas de rubi aos quarenta anos de casados, pelas características do próprio rubi. Pedra vermelha, oriunda do mineral coríndon – óxido de alumínio – e a sua cor é causada pela presença de crômio – elemento químico usado como corante. Os rubis naturais são excepcionalmente raros. O rubi tem dureza 9, em uma escala utilizada para pedras preciosas, e entre elas o rubi é ultrapassado somente pelo diamante em termos de dureza, ou seja, resistência. Trazendo isso para a vida a dois, após 40 anos vivendo juntos, o amor se torna mais resistente, mais duro, mais robusto, uma verdadeira pedra preciosa. O relacionamento faz-se cada vez mais vermelho, vermelho intenso. O vermelho é a cor do sentimento, da paixão, simboliza o amor e o poder. E bodas.... boda, do latim votum, significa promessa. De acordo com o seu significado religioso é de fato uma promessa, que um homem e uma mulher fizeram diante de Deus e diante dos homens.

Assim como o casamento, todos os rubis naturais contem imperfeições, momento em que é necessário ter sabedoria vinda de Deus para conduzir os passos, atitudes, gestos e comportamentos. Que Deus continue sustentando o relacionamento de vocês e que esse rubi seja lapidado cada dia mais, retirando toda a imperfeição da pedra bruta que um dia foi depositada no coração de vocês, pelo próprio autor da vida, o nosso Deus.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

MANOEL, MANOEL, MANOEL...


O dia se fez noite. Nessa semana, o Presbítero Firmo me trouxe uma das piores notícias que eu poderia receber. ¨Pastor o Manoel está preso, ele matou uma pessoa...¨ O chão desapareceu, precisava ir ao Tribunal Regional do Trabalho, para tratar de assuntos do CEIR, mas meu coração, minha cabeça, estava tudo muito ruim, senti uma enorme dor. Não sabia o que pensar, o Manoel mora no coração desta Igreja, ao menos no meu, e um pedaço dele foi arrancado, dor dilacerante, terrível, produzida pelo mais implacável de nossos inimigos, o pecado. Agora precisamos pensar no que fazer. O Manoel matou uma pessoa e segundo suas próprias declarações a TV, ele não se arrepende, disse que faria de novo. Fico pensando sobre os momentos que ele passou no Manaaim meditando na Palavra, orando com os irmãos, cantando louvores, que ele tanto gosta de fazer e agora nos parece que está tudo acabado para ele. Lembro-me das mulheres indo ao sepulcro com perfumes para o corpo de Cristo, elas tinham em seus corações a certeza de que também estava tudo acabado, mas grande surpresa tiveram quando lá chegaram e o corpo de Jesus não encontraram, descobriram que apesar das aparências que cercavam a situação, aquilo não era o fim. Quero crer, para honra e glória do nome de Jesus, que com o Manoel as coisas não serão diferentes. Hoje pensamos na burrada que ele fez, nos aconselhamentos que ele desprezou e na oportunidade de aprender pelo amor do Espírito Santo, manso e suave. Acredito que a dor das lembranças dessa Igreja, dos irmãos que o amam e do que ele desperdiçou, o levará a refletir e se entregar definitivamente ao Senhor Jesus. Não visitaremos mais o Manoel no Manaaim, mas sim na Papuda e ali levaremos a ele nossas palavras de consolo e conforto e as Palavras de Cristo de Libertação. O pecado já perdeu todo o seu poder na cruz, quando Cristo nela subiu, iremos lá resgatá-lo, como fez Abraão, resgatando seu sobrinho Ló, resgataremos o Manoel. As grades o manterão detido, mas seu coração será liberto. Acredito nisso meus irmãos, o Manoel não apareceu em nossas vidas por mero acaso, ele será a nossa grande prova de amor e fé. Estou triste, porém desafiado e como disse Davi diante do gigante Golias, eu digo ao pecado: ¨quem é este incircunciso para afrontar o exercito do meu Deus vivo. Somos um exército, liderado pelo General Jesus, vamos à guerra para vencer.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pai da mentira.

No evangelho de João cap. 8 verso 44 Jesus afirma que o diabo é mentiroso e pai da mentira. Parece um ditado popular, mas foi dito por Jesus. É, portanto, natural a quem não é um discípulo de Cristo mentir. Mas aquele que é cristão não deve mais praticar isso, nem a menor das mentiras. Seguir a Cristo implica em uma renovação, uma mudança completa, um desmembramento do mundo ao qual havia servido anteriormente, e uma adesão a Cristo, seu novo Senhor e salvador, a quem recebeu e confessou.

Falar a verdade é buscar uma conversa da alma. É buscar autenticidade, é ser bíblico. Mas sempre em amor, nada de dar vazão ao pecado e a desculpa para agredir o outro com sua falta de tato, dizendo que está apenas sendo verdadeiro, mas na verdade está colocando pra fora suas mágoas, ressentimentos e frustrações, que o deixam inquieto e hostil, só esperando um motivo para vir à tona. Isto fere, agride e não traz autenticidade nenhuma!

Confie em Deus, seja sincero com você, assuma-se diante de Deus, e fale com o seu próximo a verdade, somente a verdade, EM AMOR, e na dependência total de Deus. Todos nós desejamos relacionamentos onde possamos ser completamente honestos, abertos e vulneráveis, de forma que possamos compartilhar fracassos e sucessos, defeitos e qualidades, dúvidas e temores, trocar empatias e confidências. Estes relacionamentos íntimos, autênticos, são exatamente o que Deus tem em mente para nós. Ele nos criou para relacionamentos, e deseja que os experimentemos no que eles têm de melhor.

Na teoria parece ótimo né? Mas na prática... Vamos pensar juntos, por exemplo, quando você pensa: “Se eu dissesse a verdade ao meu chefe ele me mandava embora”, ou “Se eu contar a verdade aos meus pais eles me matam”, ou até mesmo “Se eu contar ao pastor a verdade ele vai me disciplinar”. Analisando desta forma parece melhor manter a paz, ao invés de falar a verdade. Isso é natural, qualquer um prefere evitar um conflito e manter a paz, mas essa é uma falsa paz, que é conquistada por evitar a verdade e que só leva a mais frustrações e menos autenticidade. Incompreensões se levantam, mas nunca são solucionadas. Sentimentos pedem para ser compartilhados, mas não são. Ofensas ocorrem, mas ninguém fala sobre elas. Dúvidas sobre a integridade do outro penetram sorrateiras, mas jamais são tratadas. E o único antídoto para isto é a verdade!

Tudo isto se aplica aos seus irmãos na igreja, aos seus familiares, seu cônjuge, namorado (a) e etc. Pergunte a você mesmo: Estou dizendo SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE a verdade a essa pessoa? Ou você está no jogo de esconder a verdade para preservar a falsa paz a todo custo? Muitas vezes quando Jesus ia se expressar ele dizia: Em verdade e verdade eu digo... E você pode todas as vezes olhar para seu próximo e dizer: em verdade e verdade eu te digo? Ou olhar para o seu espelho e dizer: em verdade e verdade eu digo? É isso mesmo, o seu espelho. Será que você tem sido verdadeiro com você mesmo? Tem olhado para o íntimo do seu coração e confessado a verdade para sí e para Deus? Ou até mesmo em sua intimidade e com Deus, que está em todos os lugares, você tem tentado manter a falsa paz?

Não deixe mais um dia terminar em mentira. Pois o inimigo rapidamente aproveitará a oportunidade para transformar a sua pequena falsidade em mágoa, em rancor, em fomento de furor, em resistência ao perdão. Busque de Deus com todo o seu ser, com toda a sua força um relacionamento sincero, autêntico, verdadeiro e que seja real e prático em sua vida. E não um teatro cristão, que ao final da apresentação tira-se a mascara e a vestimenta deste teatro e volta-se a viver a vida real, a vida da mentira a vida conforme o mundo.

Diogo Freitas

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ONDE ESTÃO OS NOSSOS OLHOS?

Gostaria de iniciar estas palavras com uma oração: Senhor Deus tenha misericórdia de nós, pois nossos olhos são maus e por isso temos sofrido em todo o corpo, nos perdoe. Diz a Palavra de Deus, que se os teus olhos forem bons todo o teu corpo será luz. Eu fico a imaginar onde estão os meus? Às vezes eu me perco nos olhos das pessoas, são olhares de angústia, de dor, sofrimento, ansiedade, muitas vezes olhares vazios, sem significados. São corpos apagados, sem luz, que precisam de energias falsas, de tomadas e adaptadores para que seu brilho possa se manifestar. O problema são as opções de energia e tomadas que estão no mercado. Indo um pouco lá no passado, na belíssima história de Abraão, encontramos o episódio de Agar e Ismael no deserto e eu fico pensando onde estavam os olhos de Agar que não enxergou o poço? Talvez estivesse na dor, na angústia e no sofrimento de ver o filho morrer de sede. A tomada, a energia que Agar achou foi chorar e gritar, mas o anjo do Senhor a adverte e pergunta: Por que choras? Deus ouviu a voz do menino. Ismael estava em oração, ligado na energia correta, conectado na tomada certa e pode ver brilhar a verdadeira luz. Hoje estamos assim, com os olhos fitos em lugares que quase sempre nos fazem chorar, gritar e lamentarmos e com isso não enxergamos o socorro que Deus tem nos enviado e muito menos colocamos as dores em oração na presença de Deus. Eu penso que isso acontece, porque o mundo, as Igrejas estão nos oferecendo tomadas com falsas energias, são promessas de curas, enriquecimento, paz e felicidade ofertada em um mundo e por mundo caído. Onde precisam estar meus olhos? Onde estava o de Ismael, diante do Pai, do nosso Senhor. O corpo de Ismael brilhou, cresceu e frutificou. Nossas bênçãos estão nas mãos de Deus e nos serão concedidas quando tivermos condições de usufruí-las. Enquanto formos acanhados, tímidos e desejarmos o fácil, ajustarmos os nossos olhos na direção errada, jamais teremos um corpo que brilha para Cristo, iluminando os caminhos para as pessoas e muito menos o nosso. Veja onde estão seus olhos! Estão somente em seus projetos pessoais, estão na cruz e na vontade de Deus? O deus deste século vendou a vista dos incrédulos para que se não lhes manifestasse a luz do evangelho de Cristo, cegou a todos e agora somente o Espírito Santo para retirar a venda. Olhe certo, olhe para Cristo.