Ontem eu li um texto de um índio boliviano, que está fazendo doutorado no México, intitulado: “Viver bem é também bem morrer”. Fiquei pensando nas palavras que saltaram a mente daquele brilhante cidadão boliviano e cheguei a algumas conclusões, das quais vou tratar de duas. A Primeira delas é o rompimento com o mandamento social. Não importa o que tenha acontecido na vida desse homem, mas eu sei que ele precisou romper com o mandamento da ordem natural das coisas, sim, pois ser índio é quase que pertencer a uma casta, mas esse rompeu e o mais importante sem perder o compromisso com as origens. Ele ressalta em seu texto, que se o mundo deseja viver bem, precisa aprender a morrer e para isso precisa ouvir e respeitar o passado. O apóstolo Paulo nos exorta a buscarmos o futuro, mas sempre de olho nos fundamentos da fé, dos quais jamais devemos nos desviar. Desejar um Cristo que se entrega totalmente para nossa justificação e um povo que se entrega com restrições a santificação, não traduz o plano de salvação para os eleitos de Deus. Se desejamos viver bem, precisamos olhar para os ensinos de nossos pais na fé e vivenciarmos as verdades da Palavra. Não importa se o mundo nos impele a um comportamento o que precisamos é fazer o certo, de acordo com os desejos do nosso coração, porém sem nos esquecermos de Deus. Como você viverá a morte se negligenciar sua vida? A segunda, se traduz em uma única palavra. Perseverança. Esse índio precisou ser determinado para romper com todas as coisas que o cercavam. A sua origem não lhe permitia um futuro brilhante de uma maneira natural, era preciso luta, vontade, determinação, atrevimento e acima de tudo perseverança. O olhar de seus pares em sua tribo denunciavam as improbabilidades. Mas ele venceu, as despeito das circunstancias, e hoje labuta, internacionalmente nos meios acadêmicos, para legar a humanidade os ensinos produzidos por seu povo. Ele acreditou nos ensinos de seus antepassados e foi a luta. Davi antes de sua morte, incita o filho, Salomão a ser forte, determinado, corajoso e acima de tudo a guardar a Lei do Senhor Deus. Esse é o nosso grande pecado meus amados irmãos! Não somos determinados em guardar os mandamentos do Senhor, basta um sussurro em nossos ouvidos de benécias pessoais, enriquecimento, posição social, que lá vai o crente abrir mão das verdades do Senhor que deveriam ser suas, impregnadas em seu coração. Quantos testemunhos equivocados. Temos a “oração da propina” protagonizada por nada mais nada menos, do que um deputado distrital e herdeiro do Ministério Casa da Benção. Precisamos lutar até as últimas forças para fazer valer as verdades da Palavra de Deus, se é que acreditamos haver nelas a vida que desejamos a todas as pessoas que nos cercam e sua capacidade de produzir um mundo, ainda neste, melhor. Esse cidadão boliviano, nos ensina que quando a morte chegar, precisamos ter construído um mundo digno, deixarmos um legado de vida com Deus, uma família saudosa e amigos com lágrimas de saudades. Se você não tiver por que morrer, não tem por que viver, esse seria o meu título para o índio aimara.
Rev. Jooziel
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