quinta-feira, 6 de agosto de 2009

QUANDO TENTAMOS FUGIR DE DEUS

Somos vocacionados para vivermos na presença de Deus e fazermos a Sua vontade. No entanto, quando damos ouvidos a voz do ego mais do que a voz de Deus, iniciamos um processo de fuga da presença divina para satisfazermos, tão somente, a nossa vontade. Assim foi o profeta Jonas.
Chamado para uma missão - anunciar a Palavra do Senhor em Nínive (capital da Assíria) - Jonas se dispôs, não para ir à Nínive, mas para fugir da presença do Altíssimo (Jn 1:3). Resolve, então, ir para Társis (como se pudesse fugir da presença de Deus).
A atitude de Jonas é marcada pela desobediência. Assim também somos nós, muitas vezes, na vida cristã. Impomos nossas vontades em detrimento da vontade de Deus. Tentamos fugir Dele. Com isso, recebemos algumas consequências.
Primeiramente, perdemos o foco da nossa missão. No caso de Jonas, Deus tinha um plano para ele: Nínive. Lugar que representa a realidade cruel de uma sociedade caída, carente de Deus. Lugar que exige trabalho duro por parte do servo de Deus. Jonas muda o trajeto: Társis (antiga Gibraltar, Espanha). Lugar que representa o prazer, o exótico, a aventura, a ilusão.
Queridos, não podemos perder o foco da nossa missão. Não podemos ser iludidos por Társis e seus atrativos, quando Deus nos quer em Nínive.
Em segundo lugar, quando tentamos fugir de Deus ficamos deprimidos. Jonas, no barco rumo a Társis, dormia profundamente (1:5). Ele se isola, ficando indiferente à situação. Hoje, pessoas estão deprimidas por não entenderem a voz de Deus ou por fugirem de Deus. O Senhor é Deus de graça e amor e quer nos tirar dos porões dos navios da nossa existência para nos abençoar.
Uma terceira consequência quando tentamos fugir de Deus: ficamos insensíveis a Deus e ao próximo. Vem uma forte tempestade sobre o navio. O capitão pede a Jonas que ore ao seu Deus. Ele não ora, está insensível (v.6). Fica o alerta. Não podemos ser apáticos às coisas de Deus e ao sofrimento alheio.
Como Deus é bom e não nos desampara, Ele manda a tempestade (v. 4). Com isso Ele nos ensina que está no controle. Antes da tempestade Jonas achava que estava no controle, escolhera seu destino, Társis. Mas com a tempestade ele entende que quem está no controle é Deus. Pela tempestade Deus nos mostra que somos alvos da Sua salvação. Ele está conosco! Amém.
Rev. Márcio Henrique Miguel

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